Um pouco de história da igreja
Vétero Católica do Brasil. Igreja dos Velhos Católicos.
Em 1871 nasce Igreja dos Velhos
Católicos em Munique, na Alemanha, conhecida como Vétero Católicos, Viejos
Católicos, Catholic Old, Antigos Católicos, Católicos Primitivos ou Originais.
As comunidades dos Velhos
Católicos da Alemanha, Suíça, Suécia e Austrália, se organizaram em 1872 e
depois assinaram a Declaração da União de Utrecht formando assim a união das
Igrejas de Utrecht em 24 de setembro de 1889, que se constituem numa comunidade
eclesial supranacional.
A Igreja Vétero-católica foi
instalada no Brasil, a 22 de Maio de 1932, na cidade de Curitiba, capital do
Estado do Paraná. Foi trazida para a cidade de São Paulo pelo bispo Dom Iam
Piotr Perkowiski.
O segundo grupo de Vétero
Católicos a chegar ao Brasil data de 1950. Instalaram-se também em Curitiba-PR,
onde permanece até hoje como Sede nacional.
Somos um Igreja nascida do berço
romano, mas separados pela doutrina, não comungando com a idéia de infalibilidade
papal, nem com o dogma da imaculada conceição.
O Concílio Vaticano I
(1869/1870) concebeu a dogmática intitulada "Dei Filius", sobre a Fé
e "Pastor Aeternus", sobre a infalibilidade do Papa
"ex-cathedra", o que não é aceito pelos Véteros-católicos (razão da
separação).
A Igreja Vétero Católica é uma
parte histórica da Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica, que tem diversas
denominações pelo mundo, mas são co-irmãs, formando a Unidade na Diversidade.
É depositária da Santa Doutrina
Cristo e segue todos os princípios do Cristianismo da Igreja Primitiva.
Os Sacramentos instituídos são
os mesmos da romana: Batismo, Eucaristia, Confirmação ou Crisma, Unção dos
Enfermos, Penitência, Matrimonio e Ordem).
O trajeto hierarquico da Igreja
é: acolitado; leitorado; sub-diaconato; diaconato; presbiterato; episcopado,
sendo admitido membros do sexo feminino na hierarquia eclesial.
Todos são bem vindos, e os que
desejarem trilhar o caminho rumo a vida clerical, poderá faze-lo a qualquer
tempo, faixa etária ou sexo, pois jovens ou idosos, homens ou mulheres, podem
ser chamados ao serviço de Deus a qualquer tempo da vida humana.
Texto sobre padres casados,
escrito pela "Associação Rumos" (Movimento Nacional das Famílias dos
Padres Casados):
São muitos os fundamentos
históricos da existência do sacerdócio casado. Durante os primeiros 1200 anos
da vida da Igreja, padres, bispos e 39 papas foram casados. O celibato existiu
no primeiro século entre os eremitas e os monges, sendo considerado como um
estilo de vida opcional, alternativo. Foi a política medieval que introduziu a
disciplina do celibato obrigatório para os padres.
Recordemos as palavras de Jesus:
“Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”. S. Pedro, o papa
mais próximo de Jesus, era casado. No evangelho há três referências à esposa de
S. Pedro, à sua sogra e à sua família. Com base na lei e nos costumes judaicos,
podemos admitir com toda a segurança que todos os apóstolos, talvez com
excepção do jovem João, foram casados e tinham família.
Os padres casados e suas esposas
foram os primeiros pastores, os primeiros bispos e os primeiros missionários.
Eles levaram a mensagem de Jesus a todas as culturas protegendo-a com muitos
trabalhos. Guiaram o primeiro crescimento da jovem e frágil Igreja e ajudaram-na
a sobreviver a numerosas perseguições.
O Papa João Paulo II reconheceu
isto quando em 1993 disse publicamente que o celibato não é essencial ao
sacerdócio.
A Igreja primitiva era uma malha
de pequenas comunidades baseadas em famílias ao longo da região mediterrânica.
A vida era marcada por um sentido de alegre expectativa. Jesus disse que
voltaria e os primeiros cristãos acreditavam que viria em breve. Orientados por
padres casados encontravam-se nas casas uns dos outros para a celebração da eucaristia.
Convidavam estranhos para a partilha do pão e do vinho. Ninguém era excluído da
comunhão.
A sagrada escritura documenta
que, na Igreja primitiva, padres e bispos eram casados. No Novo Testamento, na
primeira carta a Timóteo, cap.3, 1-7, Paulo analisa as qualidades necessárias
para ser bispo. Descreve um pai “sóbrio, ponderado”, chefe de família que
governa bem a própria casa. Paulo fundou muitas pequenas comunidades
deixando-as nas mãos de padres e bispos casados.
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