Paz

terça-feira, 1 de setembro de 2020

Jesus e os primeiros três séculos.

 Jesus e os primeiros três séculos.


Do século I ao século IV ocorre o período considerado como o tempo da Igreja Primitiva. É o tempo da Igreja da origem.


Calcula-se o período do ano 30 ao ano 325 como delimitação desta Era singular, onde os acontecimentos são a base de toda doutrina construída para entendimento da personalidade, santidade, grandiosidade do Homem que fez o calendário mudar: Jesus.


Entende-se este período do nascimento, morte e da Ressurreição (ano 30) de Jesus até o Primeiro Concílio de Nicéia (ano 325). Chamamos de período Apostólico, pois os frutos dos ensinamentos de Jesus foram plantados a partir da pregação dos Apóstolos e seus sucessores.


Depois da época Apostólica, inicia-se o período do Imperador Constantino. O imperador construiu uma igreja ligada ao Estado, onde houve uma mudança no entendimento da doutrina Jesuânica.


Aconteceu a partir do imperador o atrelamento da Igreja ao Estado. O poder influenciando a fé.


Jesus, um Homem simples, ao mesmo tempo o Filho de Deus, teve Sua doutrina contaminada pelas ambições humanas, infelizmente. 


Nos Atos dos Apóstolos e na Epístola aos Gálatas consta que a primeira comunidade de Jesus surgiu na cidade de Jerusalém, sendo líderes Pedro, Tiago, João, e os demais apóstolos, onde todos repartiam seus bens, segundo a necessidade de cada um...


Os primeiros seguidores de Jesus, nos Atos dos Apóstolos, eram judeus ou gentios convertidos. Cornélio, o Centurião, foi o primeiro gentio convertido aos ensinamentos de Jesus.


Devemos resgatar a Essência da Igreja Primitiva, para haver sentido e seguimento nos ensinamentos jesuânicos. A quantidade de teorias humanas ao longo dos séculos, trouxe confusão teológica. Houve afastamento da Teologia de Jesus, que é a única que deveria existir. A teologia humana, onde o teólogo deseja "contribuir", "melhorar" o que Jesus deixou, acabou deturpando a Teologia de Jesus, Jesuânica, autêntica, verdadeira.


Paulo de Tarso, depois da conversão, reivindicou para si mesmo o título de Apóstolo dos Gentios ... Aí também percebe-se a "criatura" propondo-se suplantar o Criador. Devemos verificar que o ego do ser humano sempre transformou tudo em "a imagem e semelhança de si mesmo".


Paulo foi muito influente, divulgou os ensinamentos de Jesus, mas sob perspectivas não muito concordantes com as dos outros Apóstolos. Não seriam as Cartas de Paulo um quarto Evangelho? Ele era um Teólogo inteligente, de personalidade forte, colocando, inserindo na Teologia de Jesus, a Teologia Pauliana, trazendo assim um distanciamento da origem. 


A radicalidade de Paulo trás a influência do Judaísmo, compatível com sua personalidade forte. O conhecimento do Antigo Testamento suplantando o conhecimento revelado por Jesus, seria inadmissível, mas percebemos até hoje pregadores que ainda não alcançaram teologicamente os ensinamentos de Jesus: ainda hoje vivem e pregam como se João Batista ainda não houvera anunciado Jesus.


Nesse período o Novo Testamento foi desenvolvido, e cabe a nós, hoje, resgatarmos a beleza do conteúdo doutrinal da Igreja Primitiva. Paulo muito contribuiu para a divulgação Jesuânica, mas cabe a nós atualmente darmos destaque dos ensinamentos das cartas não paulianas também e inclusive. Tem muita libertação e paz nos ensinamentos dos outros Apóstolos: uma fonte de sabedoria ainda por ser mais vivenciada. 


Da Epistola aos Romanos pauliana surgiu a Teologia da Justificação pela Fé, mas não nos esqueçamos da Justificação pela Caridade/salvação,  levantada em carta não pauliana.


Assim se apresenta um problema não totalmente entendido por muitos pregadores, inclusive por mim: fé, caridade, graça, salvação. Aqui me quedo, julgando-me pequeno demais frente a tantos mistérios da Divina Palavra de Deus. Busco pela minha pequenina fé, pedir que aumente minha caridade, para que, pela Graça divina, eu alcance minha salvação. E acredito que no Paraíso há lugar para todos: basta fé, caridade (amor) e a Graça evangélica. 


No século IV, Constantino aliou-se politicamente com os "seguidores" de Jesus e terminou com a perseguição dos mesmos, com Édito de Milão. Surgiu assim o Cristianismo, que nascido do Judaísmo, tornou-se, a religião oficial do Império Romano.


O cristianismo com influência de todas as doutrinas, de todos os povos do império. Uma certa "composição" orquestrada por Constantino.


Um bom exemplo do período da Igreja Primitiva, de onde podemos garimpar a origem dos ensinamentos jesuânicos, está em Atos 2, 41-47:


"De sorte que foram batizados os que receberam a sua palavra; e naquele dia agregaram-se quase três mil almas; e perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações. Em cada alma havia temor, e muitos prodígios e sinais eram feitos pelos apóstolos. Todos os que criam estavam unidos e tinham tudo em comum. E vendiam suas propriedades e bens e os repartiam por todos, segundo a necessidade de cada um. E, perseverando unânimes todos os dias no templo, e partindo o pão em casa, comiam com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus, e caindo na graça de todo o povo. E cada dia acrescentava-lhes o Senhor os que iam sendo salvos."


Quanto mais pensarmos e estudarmos a origem, mais perto de Deus chegaremos. Assim seja!


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